Arlindo Domingos da Cruz Filho OMC (Rio de Janeiro, 14 de setembro de 1958 – Rio de Janeiro, 8 de agosto de 2025) foi um cantor, compositor e músico brasileiro de samba e pagode. Cruz é considerado um dos maiores nomes do samba de todos os tempo e uma figura proeminente no cenário do carnaval carioca, tendo composto sambas-enredo para escolas clássicas, como Império Serrano e Acadêmicos do Grande Rio.
Nascido no subúrbio da cidade do Rio de Janeiro e irmão do também compositor Acyr Marques, Cruz iniciou sua carreira em 1981 em rodas de samba do Cacique de Ramos, ao lado de artistas como Jorge Aragão, Beto sem Braço e Almir Guineto. Seus trabalhos como compositor, primeiro meio artístico no qual esteve, tornaram-no célebre por terem sido gravadas por diversos artistas na década de 1990. Com o tempo, passou a cantar as próprias composições, e ficou ainda mais conhecido quando entrou para o grupo Fundo de Quintal. Em 1993, deixa o grupo e dá início à carreira solo, destacando-se principalmente a partir do DVD MTV ao Vivo: Arlindo Cruz (2009), que venceu cem mil cópias.
Entre 1996 e 2002, em parceria com o músico Sombrinha, lançou cinco álbuns, e o primeiro, Da Música (1996), vendeu sessenta mil cópias. O último projeto artístico do cantor foi Pagode 2 Arlindos, feito em 2017 com o filho Arlindinho. Contudo, em março do mesmo ano, durante a turnê do projeto 2 Arlindos, sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico que o manteve internado e causou complicações que paralisaram sua carreira artística. Desde então, Arlindo Cruz morava com seus familiares e vinha passando por diversos tratamentos para tentar reverter o quadro causado pela doença, contudo foi acometido por uma pneumonia e morreu em agosto de 2025.
Em trinta e seis anos de carreira lançou vinte e três álbuns, sendo nove enquanto integrante do Fundo de Quintal, cinco em parceria com o sambista Sombrinha e nove em carreira solo. Arlindo venceu mais de vinte e seis prêmios, incluindo o 26.º Prêmio da Música Brasileira, e é detentor de dezenove disputas de samba-enredo pelas escolas Império Serrano, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos de Vila Isabel e Leão de Nova Iguaçu. Foi indicado ao Grammy Latino cinco vezes, sendo quatro na categoria Melhor Álbum de Samba/Pagode e um na categoria Melhor Canção em Língua Portuguesa.
Arlindo nasceu às 8h10min de 14 de setembro de 1958 em Piedade no subúrbio do Rio de Janeiro. Criado em Madureira, é filho de Aracy Marques da Cruz e Arlindo Domingos da Cruz, irmãos por parte de pai. O cantor teve seu primeiro contato com a música por meio de seus pais e seu tio; Aracy tocava pandeiro, Arlindo Domingos da Cruz tocava cavaquinho e o tio tocava violão. Aos sete anos, o menino ganhou o primeiro cavaquinho. Empolgado com o instrumento, esperava ansioso o pai chegar do trabalho para aprender a tocar. Aos doze já tirava muitas canções de ouvido e, como seu irmão Acyr Marques, aprendia violão.
Na juventude, entrou para a escola Flor do Méier, onde estudou teoria, solfejo e violão clássico por dois anos. E já nessa época começou a trabalhar profissionalmente como músico, fazendo rodas de samba com vários artistas, inclusive Candeia. Com ele, gravou seus primeiros discos, um compacto simples, pela gravadora Odeon, e um LP chamado Roda de Samba (hoje encontrado em CD). Em ambos tocou cavaquinho. Ao completar 15 anos foi estudar em Barbacena, Minas Gerais, na escola preparatória de Cadetes do Ar, mas não abandonou a música. Cantava no coral da escola. Ainda em Minas Gerais, ganhou festivais em Barbacena e Poços de Caldas.
Quando deixou a Aeronáutica, passou a frequentar a roda de samba do Cacique de Ramos. Ia todas as quartas-feiras, aprender ao lado de Jorge Aragão, Beth Carvalho, Beto sem Braço, Ubirany e Almir Guineto. Outros jovens seguiam o mesmo caminho, entre eles, Zeca Pagodinho e Sombrinha — que viria a ser seu parceiro. Logo no primeiro ano de Cacique, teve doze canções gravadas por vários intérpretes. A primeira delas foi "Lição de Malandragem". Depois vieram outros sucessos, como "Grande Erro" (Beth Carvalho), "Novo Amor" (Alcione) e outros.
Em 1981, Arlindo Cruz, já reconhecido como compositor, estreou como intérprete quando foi convidado a substituir o músico Jorge Aragão no grupo Fundo de Quintal. Permaneceu no grupo por doze anos, e neste período, gravou com muitos artistas do pagode e compôs várias canções para o conjunto, incluindo "Seja Sambista Também", "Só Pra Contrariar", "Castelo de Cera" e "O Mapa da Mina".
Em 1993, Arlindo sai do Fundo de Quintal para seguir carreira solo. No mesmo ano, Arlindinho, seu primeiro álbum solo, que contava com doze faixas, foi lançado pelo selo Line Records, produzido por Milton Manhães e disponibilizado nas lojas no formado de disco de vinil. O álbum Batuques do Meu Lugar, lançado em 2013, foi indicado à categoria de Melhor Álbum de Samba do Prêmio Contigo! MPB FM de Música 2013.
Em meados de 2009, é lançado o DVD e CD duplo MTV ao Vivo Arlindo Cruz (Deckdisc). Gravado em São Paulo, o projeto já era desejado por Arlindo Cruz desde sua participação no clipe de "Dor de Verdade" (de Marcelo D2) e a gravação do acústico do cantor Zeca Pagodinho. Arlindo ainda afirmou que, mesmo sabendo que a MTV não é uma emissora de música brasileira, ficou satisfeito com os resultados.
Em 2015, ganhou o 26º Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Músico de Samba. Em 2016, Arlindo e seu filho mais velho, o também cantor Arlindinho, deram início ao projeto 2 Arlindos, uma série de apresentações onde interpretariam as quinze canções do álbum homônimo lançado em agosto daquele mesmo ano, que incluem músicas já conhecidas do repertório de Arlindo Cruz e de outros artistas.
Em 17 de março de 2017, o compositor sofre um acidente vascular cerebral. O estado de saúde do músico era grave, porém estável. O fato ocorreu quando Arlindo Cruz se preparava para viajar a São Paulo, onde faria um show na cidade de Osasco, com seu filho, no projeto "pagode 2 Arlindos". Arlindinho, filho do cantor, assumiu a agenda conforme o desejo de seu pai. Três anos após a enfermidade, Arlindo voltou a falar algumas palavras, demonstrando uma melhora significativa de seu quadro inicial.
Em 14 de setembro de 2018, no dia do aniversário de sessenta anos de Arlindo, o filho do músico, Arlindinho, realizou uma apresentação especial no Vibra São Paulo (anteriormente chamado de Credicard Hall, Citibank) em São Paulo. O show teve participação especial de Xande de Pilares, Turma do Pagode, Leandro Lehar, Belo, Leci Brandão e outros.
Arlindo casou-se em 2012 com a empresária e produtora Babi Cruz, com quem mantinha uma união desde 1996. Em maio de 2022, dez anos depois do matrimônio, fizeram a renovação dos votos para cerca de sessenta pessoas no Rio de Janeiro. O cantor era pai do músico Arlindo "Arlindinho" Domingos da Cruz Neto e de Flora Cruz. Embora nunca tenham se divorciado, em 2023, seis anos após Arlindo sofrer um AVC, sua esposa iniciou um relacionamento com André Caetano, a quem conheceu nas eleições gerais no Brasil em 2022. A decisão de Babi foi extremamente criticada e, após a morte do cantor, gerou especulações quanto a possibilidade de ela não ganhar a sua parte da herança em decorrência da relação extraconjugal.
Em 17 de março de 2017, Arlindo Cruz sofreu um acidente vascular cerebral durante o banho e caiu sobre a banheira de sua casa. De acordo com sua esposa, o cantor pesava 140 kg e tinha péssimos hábitos, como alimentação ruim e uso de drogas, presente em sua vida desde a época de escola. Arlindo foi internado na Casa de Saúde São José e em maio de 2017, já havia perdido trinta quilos, além de ter a metade esquerda do corpo paralisada e se alimentar por sonda. Em julho de 2018, recebeu alta e passou a se recuperar em casa. Em 2022, foi internado mais uma vez para passar por uma broncoscopia. Em julho de 2023, ficou internado por vinte e um dias para tratar uma pneumonia. Em abril de 2024, foi internado para tratar uma infecção respiratória,recebendo alta quinze dias depois. Desde 2022, Arlindo Cruz fazia um tratamento à base de óleo de cannabis. Em 29 de maio de 2025, Arlindo foi internado no hospital Barra D'Or, no Rio de Janeiro, devido a um quadro de pneumonia, que era estável de acordo com sua esposa.
Arlindo morreu no Hospital Barra D'Or, no Rio de Janeiro, em 8 de agosto de 2025 aos 66 anos, de falência múltipla de órgãos em decorrência do AVC hemorrágico que sofreu em 2017 e de pneumonia. Seu gurufim foi marcado para o dia seguinte, na quadra do Império Serrano. Depois de sair em cortejo pelas ruas da cidade, o cantor foi sepultado no começo da tarde de 10 de agosto, no Cemitério Parque Jardim da Saudade em Sulacap.
Autoridades, instituições e artistas lamentaram a passagem de Arlindo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ser Arlindo "em essência, o sambista perfeito". O prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes decretou luto oficial na cidade e anunciou que o futuro Parque Piedade levará o nome de Arlindo Cruz. O Ministério da Cultura do Brasil, o Flamengo, o Cacique de Ramos, a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (LIESA) e Unidos de Vila Isabel, Vai-Vai, União da Ilha do Governador, Portela, Estação Primeira de Mangueira foram algumas agremiações que realizaram homenagens a Arlindo.
James Chambers OM, mais conhecido como Jimmy Cliff (Saint James, 30 de julho de 1944 – Kingston, 24 de novembro de 2025), foi um cantor, compositor, multi-instrumentista e ator jamaicano que teve papel fundamental na difusão internacional do reggae, bem como na visibilidade da música jamaicana no mundo.
Sua trajetória artística iniciou-se ainda muito jovem: aos 14 ou 15 anos já gravava singles locais, e teve o primeiro sucesso com “Hurricane Hattie” em 1962. Na década de 1960 transitou pelos estilos ska e rocksteady antes de se tornar uma figura central do reggae.
Entre seus sucessos internacionais destacam-se “Wonderful World, Beautiful People”, “Many Rivers to Cross”, “You Can Get It If You Really Want” e sua célebre versão de “I Can See Clearly Now”. Ele também protagonizou o filme cult jamaicano The Harder They Come (1972), cuja trilha sonora ajudou a levar o reggae a audiências internacionais e a consolidar a imagem da música da Jamaica além de seus limites geográficos.
Ao longo de mais de seis décadas de carreira, gravou mais de 30 álbuns, recebeu múltiplos prêmios e honrarias — entre elas a entrada no Rock & Roll Hall of Fame em 2010 e o alto reconhecimento nacional jamaicano da Ordem do Mérito. Sua música frequentemente abordou temas de resistência, identidade cultural, esperança e fé, combinando-se com ritmos populares de ska, rocksteady e reggae para alcançar públicos amplos e diversas gerações.
Cliff deixa um legado duradouro não apenas como intérprete de sucesso, mas como uma figura que ajudou a globalizar o reggae, abriu caminhos para que a música jamaicana chegasse a novos ouvintes em todo o mundo e inspirou artistas em múltiplas regiões.
James Chambers nasceu em 30 de julho de 1944, em Saint James, então colônia da Jamaica. Ele foi o penúltimo de nove filhos. Seu pai e mãe se separaram quando ele ainda era bebê, e a mãe “não estava realmente por perto”, enquanto ele mantinha relações mais próximas com o pai e a avó.
Ele começou a demonstrar interesse pela música ainda na infância — segundo ele próprio expressou, “eu estava sempre cantando – mas me diziam que eu cantava as canções do diabo”. A avó o defendia dizendo: “Deixa o menino em paz. Ele vai chegar a algo um dia". Aos 14 anos, mudou-se com o pai para Kingston, onde adotou o nome artístico Jimmy Cliff e iniciou sua carreira musical.
Há poucas informações detalhadas sobre sua vida familiar além do tamanho da família, e dados específicos sobre sua educação formal não são amplamente documentados. Sabe-se apenas que ele conciliava os estudos com as primeiras tentativas de ingressar no mercado fonográfico.
Seu talento foi percebido desde a infância, quando Jimmy participava de feiras e mostras culturais cantando. Aos 14 anos, mudou-se para Kingston para dedicar-se à carreira, período em que adotou o nome artístico de Jimmy Cliff. Na capital, conheceu Leslie Kong, que cuidou de sua carreira até a sua própria morte em 1971, de ataque cardíaco. Nesse período, gravou dois singles que não fizeram sucesso. Seu primeiro sucesso ocorreu com o single Hurricane Hattie. Seus sucessos locais seguintes incluíram "King of Kings", "Dearest Beverley", "Miss Jamaica", e "Pride and Passion". Em 1964, Cliff foi escolhido como um dos representantes da Jamaica na Feira Mundial de Nova Iorque de 1964-65. No mesmo ano, participou de um programa intitulado "Isto é ska!" ao lado de Prince Buster, Toots & the Maytals e Byron Lee and the Dragonaires.
Em 1964, mudou-se para a Inglaterra após assinar contrato com a Island Records, que tentou vender o reggae para o público do roque, sem sucesso. Seu primeiro disco internacional, Hard Road to Travel, lançado em 1967, fez sua carreira dar um salto. A canção Waterfall se tornou hit no Brasil, onde ganhou o Festival Internacional da Canção em 1969. Nesse mesmo ano, a canção Wonderful World, Beautiful People chega ao Top 30 nos Estados Unidos, tornando-se um dos primeiros reggaes conhecidos fora da Jamaica. Em 1970, Jimmy lançou o sucesso "Vietnam", que Bob Dylan considera ser a melhor canção de protesto que ele já ouviu. Durante este período, Cliff lançou uma música cover da canção de Cat Stevens Wild World como um single, que não foi, no entanto, incluído no seu álbum Beautiful World, Beautiful People.
Em 1972, estrelou o filme The Harder They Come, dirigido por Perry Henzell, que conta a história de um cantor de reggae que, em busca do sucesso, se associa a produtores musicais corruptos e traficantes de drogas. A trilha sonora do filme alcançou sucesso mundial, conferindo, ao reggae, uma projeção inédita. Em 1975, Cliff cantou no episódio doze da primeira temporada do programa Saturday Night Live. Depois de uma série de álbuns, Cliff tirou férias e viajou à África. Em seguida, se converteu ao islamismo, mudando seu nome para El Hadj Naïm Bachir.
Em 1980, excursionando com Gilberto Gil, lotou todos os auditórios onde pisou. Quatro anos depois, ele repetiu a façanha sozinho, em um ginásio em São Paulo, e no programa de televisão Cassino do Chacrinha. Em 1984, Cliff participou do Festival Pinkpop, em Landgraaf, nos Países Baixos. Em 1980-1981, durante a turnê do disco The River, Bruce Springsteen e a E Street Band incluíram a até então pouco conhecida canção de Cliff Trapped. Esta canção viria a ser conhecida mundialmente quando ela foi inserida no disco We Are the World, de 1985. Ainda em 1985, o álbum Cliff Hanger ganhou o Grammy Award para o melhor álbum de Reggae. Também em 1985, Cliff contribuiu para a canção Sun City, uma canção de protesto escrita e composta por Steven Van Zandt e gravada pelos Artists United Against Apartheid, um grupo de artistas que trabalharam em conjunto para transmitir suas ideias de oposição à política sul-africana de apartheid. Ainda no Brasil, Jimmy Cliff teve sua canção "Hot Shot" incluída na trilha sonora internacional da novela "Ti Ti Ti", de autoria de Cassiano Gabus Mendes, exibida pela TV Globo entre 1985 e 1986.
Em 1986, Cliff fez parte do vocal de apoio do álbum Dirty Work, dos Rolling Stones. Também atuou na comédia Club Paradise, para cuja trilha sonora contribuiu com muitas músicas, como Seven Day Weekend, cantada junto com Elvis Costello. Em 1988, sua canção Shelter of Your Love fez parte do filme Cocktail.
Em 1990, Cliff participou do filme Marked for Death, tocando John Crow com a Jimmy Cliff Band. Sua gravação de You Can Get It If You Really Want foi usada como música de campanha pela Frente Sandinista de Libertação Nacional durante as eleições de 1990 na Nicarágua. No mesmo ano, participou da segunda edição do festival Rock in Rio. Ainda em 1990, Cliff participou do primeiro CD do Cidade Negra, na canção Mensagem, feita por Ras Bernardo. Também em 1990 teve a canção Rebel In Me incluída na trilha sonora internacional da novela "Rainha da Sucata", de Silvio de Abreu, exibida pela TV Globo, como tema da protagonista Maria do Carmo, interpretada por Regina Duarte. Em 1991, gravou, na Bahia, em Salvador, o CD Breakout, lançado em 1992. O disco contou com as participações de Olodum na canção Samba Reggae e Araketu nas canções Breakout e War a Africa.
Em 1993, a sua versão de I can see clearly now, de Johnny Nash, que fez parte da trilha sonora do filme Jamaica abaixo de Zero, fez grande sucesso no mundo inteiro. Em 1995, lançou o single Hakuna Matata, uma colaboração com Lebo M que fez parte da trilha sonora do filme O Rei Leão. Em 1997, ele esteve no programa acústico dos Titãs cantando The Harder They Come, recriada numa versão em português Querem Meu Sangue. Nesse ano, também participou do programa Space Ghost Coast to Coast.
Em 2001, foi um membro inaugural do comitê de jurados do Independent Music Awards. Em 2002, lançou o álbum Fantastic Plastic People na Europa depois de ter fornecido download gratuito através do software p2p. O álbum contava com colaborações de Joe Strummer, Annie Lennox e Sting, assim como com novas canções que lembravam os antigos sucessos de Cliff. Em 2004, Cliff retrabalhou as músicas, trocando o tradicional reggae pela música eletrônica, incluindo-as no álbum Black Magic. O álbum também incluiu uma gravação de Over the Border com Joe Strummer. Cliff tocou na cerimônia de encerramento dos Jogos da Commonwealth de 2002. Em 2003, sua música You can get it if you really want foi incluída na trilha sonora do filme Alguém Tem que Ceder. Em agosto de 2003, ele apareceu no Paléo Festival, em Nyon, na Suíça.
Em 20 de outubro de 2003, o governo de P. J. Patterson na Jamaica lhe concedeu a Ordem do Mérito em reconhecimento a suas contribuições à música e ao cinema da Jamaica. Cliff tocou na cerimônia de abertura da Copa do Mundo de Críquete de 2007. Em 2009, sua música You can get it if you really want foi adotada pelo Partido Conservador (Reino Unido) durante sua conferência anual. Não ficou claro se Cliff apoiava o partido. Em setembro de 2009, Cliff foi indicado para o Rock and Roll Hall of Fame. Cliff reagiu à notícia dizendo: "isso é bom para Cliff, bom para a música jamaicana e bom para meu país". Em 15 de dezembro de 2009, seu nome foi oficialmente aprovado e, em 15 de março de 2010, Cliff foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame por Wyclef Jean.
Cliff apareceu no documentário Reggae Got Soul: The Story of Toots and the Maytals, que foi transmitido pela BBC em 2011. Nesse ano, Cliff também trabalhou com o produtor musical Tim Armstrong no EP Sacred Fire e no álbum Rebirth. Rebirth foi indicado ao Grammy Awards na categoria "melhor álbum de reggae". O álbum foi colocado na posição 12 da lista da revista Rolling Stone dos cinquenta melhores álbuns de 2012. Em 2012, Cliff foi nomeado "artista do ano" pelo jornal digital Caribbean Journal, graças a seu álbum Rebirth.
No dia 24 de novembro de 2025, a família do cantor anunciou a morte do artista em um comunicado emocionado, em o texto assinado pela esposa, Latifa. O músico morreu aos 81 anos após sofrer uma convulsão seguida de pneumonia.
Cliff foi, por um breve período, membro do movimento Rastafári antes de se converter do cristianismo ao islamismo. Em uma entrevista de 2013, descreveu-se como alguém com uma “visão universal da vida” e afirmou não se alinhar a nenhum movimento ou religião específicos, dizendo que “agora acredita na ciência”. Ele foi casado e teve três filhos: Lilty Cliff, Aken Cliff e a atriz e cantora Nabiyah Be.
Em 24 de novembro de 2025, a esposa de Cliff anunciou que ele havia falecido mais cedo naquele dia em decorrência de pneumonia. Ele havia sido hospitalizado após uma crise convulsiva. Cliff tinha 81 anos. O primeiro-ministro Andrew Holness, em uma declaração pública após sua morte, afirmou que a música de Cliff "amparou as pessoas em tempos difíceis, inspirou gerações e ajudou a moldar o respeito global de que a Jamaica desfruta hoje".