quinta-feira, 3 de outubro de 2024

LUTO: CID MOREIRA

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cid_Moreira (Wikipedia)



  • Cid Moreira (Taubaté, 29 de setembro de 1927 – Petrópolis, 3 de outubro de 2024) foi um jornalista, locutor, narrador, influenciador digital e apresentador brasileiro. Dono de uma das vozes mais marcantes da televisão brasileira, tornou-se conhecido por ser o primeiro apresentador do Jornal Nacional, cargo que exerceu entre 1969 e 1996.
  • Cid foi também um dos apresentadores e narradores de reportagens especiais do dominical Fantástico; em 1999, ficaram populares as reportagens do mágico Mr. M, narradas por ele. A voz forte e potente de Cid também tornou conhecida diversas narrações de textos bíblicos feitas por ele, projeto esse muito aclamado por seus fãs.
  • Filho do bibliotecário Isauro Moreira e da dona de casa Elza Moreira, era irmão do locutor Célio Moreira, que trabalhou na equipe inicial da Globo. Formou-se em contabilidade em 1944. Naquele ano, admirado com as imitações que Cid Moreira fazia ao microfone nas festas regionais da cidade, um amigo – cujo pai era diretor da Rádio Difusora Taubaté – o convenceu a fazer um teste de locução. Contratado, Cid Moreira atuou na narração de comerciais até 1949, quando se mudou para São Paulo e passou a trabalhar na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade.
  • Cid começou na Rádio Difusora de Taubaté, como contador aos 15 anos. Como sua voz era muito bonita e grave, foi convidado para ser locutor. Após formar-se contador, Cid transferiu-se para a Rádio Bandeirantes em 1947. Em pouco tempo viu seu salário ser aumentado de 1 500 cruzeiros para 2 600 cruzeiros além de ter sido contratado como locutor oficial da campanha de Ademar de Barros (um dos proprietários da Bandeirantes) para as Eleições estaduais em São Paulo em 1947. Em 1951 foi contratado por Gilberto Martins junto com Carlos Henrique e Nelson de Oliveira para a Rádio Mayrink Veiga. Ali permaneceu por 12 anos como um dos principais narradores até ser contratado pela TV Excelsior. Narrou documentários para cinema, meio no qual também apresentou o noticiário semanal Canal 100 produzido por Carlos Niemeyer. Em 1955, atuou como ator no filme Angu de caroço, voltando ao cargo de narrador em 1958 no filme Traficantes do Crime.
  • Na época áurea do cinema, foi narrador dos jornais de cinema da maior parte dos estados brasileiros. Apresentou entre 1969 e 1996 o Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão, sendo recordista como âncora que mais tempo esteve à frente de um mesmo telejornal. A estreia do Jornal Nacional em 1.º de setembro de 1969 foi com o locutor Hilton Gomes. Segundo a Folha de S.Paulo, Cid "não se envolvia na produção do telejornal, não escrevia textos e nunca produziu uma reportagem.", cabendo a ele apenas a função de narrar as notícias.
  • A última edição de Cid Moreira como âncora do Jornal Nacional ocorreu em 29 de março de 1996, ao lado de Sérgio Chapelin. A alegação do então diretor de jornalismo da Globo, Evandro Carlos de Andrade, para a saída de Cid Moreira era de que a empresa procurou trocar os locutores por jornalistas, como ocorria em outros telejornais. Em 1999 foi para o Fantástico onde narrou quadros famosos como do Mister M e Padre Quevedo.
  • Em 1975, Cid Moreira provê narração para o documentário Brasil: Ontem, hoje e amanhã, material de propaganda do governo comemorando os 11 anos de ditadura militar no Brasil.
  • Cid é célebre, também, pela gravação, feita em 2001, em áudio da Bíblia cristã na íntegra e em linguagem atual. Os CDs com sua locução alçaram um enorme sucesso de vendas, chegando hoje a 33 milhões de cópias. Aos 87 anos e 70 de carreira, Cid publicou o livro Boa Noite. O nome de sua biografia deve-se à sua frase "Boa Noite!", com a qual encerrava o Jornal Nacional.
  • Cid Moreira em imagem do Correio da Manhã em 1971.
  • Em 24 de abril de 2015, apresentou um bloco do Jornal Nacional junto com Sérgio Chapelin como uma forma de homenagem da Globo aos dois jornalistas, que por muitos anos apresentaram o Jornal Nacional, na semana de aniversário de 50 anos da Rede Globo. Chamaram a última reportagem da série "50 Anos de Jornalismo da Globo", apresentado de 20 a 24 de abril dentro do programa, no dia 24, com reportagens e fatos marcantes entre 2005 e 2014. Era um dos poucos profissionais que tinha contrato vitalício com a TV Globo.
  • Durante a Copa do Mundo de 2010, Cid gravou uma vinheta a ser exibida durante as reportagens do Fantástico e de programas esportivos da Rede Globo. A vinheta "Jabulaaani!", nome da bola Adidas Jabulani, é até hoje um sucesso em sites de vídeos.
  • O jornalista morreu no dia 3 de outubro de 2024 em Petrópolis, cidade da serra do Rio de Janeiro por falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado num hospital para tratar de uma pneumonia. Cid sofria de um quadro renal crônico desde 2022 e, possivelmente devido à diálise que realizava desde então, tratava também uma peritonite, também associada a uma infecção urinária. A apresentadora Patrícia Poeta confirmou a morte de Cid ao vivo no programa Encontro.


"Obrigado Cid Moreira, Descanse em Paz"

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