segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

HISTÓRIA: JOMO KENYATTA

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jomo_Kenyatta (Wikipedia)



  • Jomo Kenyatta (20 de Outubro de 1894 - 22 de Agosto de 1978) foi primeiro-ministro do Quênia de 1963 até 1964 e o primeiro presidente do Quênia de 1964 até 1978. É considerado o fundador da nação queniana. Kenyatta, da etnia kikuyu, recebeu o nome de Kamau wa Ngengi ao nascer na vila de Ngenda, Gatundu, na África Oriental Britânica (atual Quênia). Após a morte de seus pais, seu tio Ngengi e seu avô Kũngũ wa Magana o criaram. Ele ficou particularmente próximo de Kũngũ. Estudou na escola missionária escocesa de Thogoto e converteu-se ao cristianismo em 1914, assumindo o nome "John Peter", o qual posteriormente modificou para Johnstone Kamau. Durante a Primeira Guerra Mundial ele residiu com parentes de etnia masai em Narok.
  • Em 1922, casou-se com Grace Wahu e trabalhou no departamento de águas. Seu filho Peter Muigai nasceu a 20 de novembro. Jomo Kenyatta ingressou na política em 1924 e se interessou pela atividade política de James Beauttah e Joseph Kang'ethe, líderes da KCA (Associação Central Kikuyu). Também se interessou por questões envolvendo terras dos kikuyu. Em 1928 começou a editar o jornal Muigwithania (Reconciliador).
  • Em 1929, Kenyatta vai para Londres como representante do KCA para tratar de interesses ligados à posse de terras dos kikuyu. Foi recebido pela West African Students' Union, uma associação inspirada por Marcus Garvey, que lhe ofereceu hospitalidade. É acompanhado por Isher Dass, um activista anticolonialista de origem indiana, que o coloca em contacto com a Liga contra o Imperialismo e o Partido Comunista da Grã-Bretanha. Seus artigos sobre revoltas negras são publicados pela revista comunista Sunday WorkerKenyatta retornou ao Quênia a 24 de Setembro de 1930 em meio a intensos debates sobre mutilação genital feminina. Ele e sua esposa foram recebidos em Mombassa por James Beauttah. Em seguida, Kenyatta foi trabalhar em escolas kikuyu em Githunguri. Em 1931 ele retornou ao Reino Unido e foi trabalhar em um colégio de Birmingham.
  • Em 1932 e 1933, com o apoio financeiro de George Padmore, um rico ativista comunista e pan-africano de Trinidad, ele deixou a Grã-Bretanha para se estabelecer em Moscovo, onde estudou economia. Quando Padmore foi expulso do internacional comunista por "tendência à unidade racial contra a unidade de classes" e deixou a URSS, Kenyatta optou por interromper os seus estudos e regressar a Londres. Distancia-se, portanto, do movimento comunista, do qual parece ter-se aproximado apenas devido a uma rejeição comum do colonialismo, principalmente devido à atitude hostil de Padmore e aos seus camaradas comunistas em relação a certas práticas tribais (uma campanha contra a mutilação genital feminina nas colónias tinha sido iniciada no início dos anos 30). Em todo este período ele representou os interesses dos kikuyu referentes à posse de terras. Em 1938 ele publicou uma tese já sob seu novo nome, Jomo Kenyatta. Durante este período ele também foi um membro ativo de um grupo de intelectuais africanos, caribenhos e americanos que também incluiu C.L.R. James, Eric Williams, W.A. Wallace Johnson, Paul Robeson e Ralph Bunche. Kenyatta também trabalhou como figurante em um filme, Sanders of the River (1934).
  • Durante a Segunda Guerra Mundial ele trabalhou em uma fazenda britânica em Sussex para escapar ao recrutamento no Exército Britânico. Lecionou na Associação Educacional dos Trabalhadores, casando-se em seguida com a britânica Edna Clarke, mãe de seu filho Peter Magana, em 1943. Em 1946 retornou ao Quênia.

Rostos da África: Jomo Kenyatta

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