domingo, 8 de janeiro de 2023

LUTO: ROBERTO DINAMITE

https://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Dinamite (Wikipedia)

https://extra.globo.com/esporte/vasco/morre-roberto-dinamite-maior-idolo-do-vasco-aos-68-anos-25640596.html (Fonte da imagem)



  • Carlos Roberto de Oliveira, mais conhecido como Roberto Dinamite (Duque de Caxias, 13 de abril de 1954 – Rio de Janeiro, 8 de janeiro de 2023), foi um futebolista brasileiro que atuava como atacante. Já foi eleito deputado estadual do Rio de Janeiro pelo MDB por cinco mandatos consecutivos. Foi jogador do Club de Regatas Vasco da Gama durante as décadas de 70, 80 e 90, encerrando a carreira no mesmo time. Também foi presidente do clube entre 2008 e 2014. Faleceu em 8 de janeiro de 2023, no Rio de Janeiro, em decorrência de complicações de um câncer de intestino.
  • É conhecido como ídolo do Vasco pelos torcedores, onde jogou 21 dos seus 22 anos como profissional, sendo o maior goleador da história do clube, com 708 gols, e o atleta com mais jogos disputados - 1110 bem como o maior artilheiro do Estádio de São Januário, com 184 gols. Foi considerado, numa votação entre 240 personalidades vascaínas pela Revista Placar, como o maior jogador da história do Vasco. É também, junto com Pelé e Rogério Ceni, o único jogador do futebol brasileiro a ter mais de mil jogos por uma equipe. Dinamite destaca-se, ainda, por ser o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro (190 gols) e do Campeonato Carioca (279 gols). É considerado pela IFFHS o quinto maior goleador do futebol mundial em campeonatos nacionais de primeira divisão, com 470 gols em 758 jogos.
  • Carlos Roberto de Oliveira nasceu em 13 de abril de 1954, às 4h25, no bairro São Bento, em Duque de Caxias. Logo cedo, Roberto (que naquela época era conhecido pelo apelido de Calu) começou a mostrar intimidade com a bola. Igual a muitas crianças apaixonadas pelo futebol, chegava a dormir com ela nos braços enquanto imaginava as jogadas que faria na próxima partida de várzea.
  • Aos 12 anos, o pequeno Calu já era titular do principal time do bairro, o Esporte Clube São Bento, onde se destacava como artilheiro. Nessas peladas tinha uma característica marcante: era o mais fominha e exigia de seus companheiros que as jogadas de ataque passassem pelos seus pés. Contudo, quando recebia a bola, dificilmente a devolvia.
  • Apesar do individualismo - era fã de Jairzinho, autor de gols em todas as partidas durante a conquista do tricampeonato mundial no México - já demonstrava toda sua habilidade e precisão nos arremates de curta e longa distâncias. Graças a isso, no ano de 1969, foi convidado a treinar nas categorias de base do Vasco por Gradim, olheiro do clube, responsável por garimpar jovens talentos nos campos de pelada espalhados pelo subúrbio do Rio de Janeiro. Um mês depois, já estava jogando na equipe juvenil dirigida por Célio de Souza. Em pouco mais de um ano no clube, já anotava mais de 46 gols.
  • Em um ano de clube, Roberto ganhou 15 quilos, graças a um rigoroso trabalho muscular, tornando-se um dos jovens mais promissores do clube, recebendo constantes elogios de treinadores e dirigentes. No Campeonato Carioca de Juvenis de 1970 foi o artilheiro vascaíno, com 10 gols. Já no mesmo torneio, no ano seguinte, foi mais longe: foi o artilheiro da competição, com 13 gols.
  • Desta maneira, despertou a atenção do técnico da equipe principal, Mário Travaglini, que o relacionou para a disputa do Brasileirão de 1971. No mesmo ano, já era apontado como a mais nova esperança de gols da equipe.
  • Roberto fez sua primeira partida profissional contra o Bahia, no dia 14 de novembro de 1971, com dezessete anos. O Bahia vencia por 1 a 0 e o treinador Admildo Chirol o colocou no lugar do meio campista Pastoril no intervalo da partida. Mas ainda não era hora do futuro ídolo. O Vasco acabou perdendo o jogo pelo placar de 1 a 0.
  • Mesmo com a derrota, o Vasco estava classificado para a segunda fase do torneio, onde enfrentaria Atlético Mineiro (que viria a ser o campeão da competição), o Santos de Pelé e o Internacional. Durante a semana que antecedeu o primeiro jogo, contra o Atlético, Roberto se destacou nos treinos e foi escalado como titular para a partida. No dia anterior à partida o Jornal dos Sports colocava em suas manchetes: "Vasco escala garoto-dinamite".
  • Diferente do que é divulgado, o apelido Dinamite não surgiu depois do jogo contra o Internacional. O apelido foi criação de dois jornalistas do Jornal dos Sports, Eliomário Valente e Aparício Pires, ambos vascaínos, e criado quando Roberto já se destacava nos juvenis.
  • Naquele jogo contra o Atlético Mineiro, no dia 21 de novembro, Roberto não foi bem e acabou sendo substituído. Houve uma grande decepção na torcida vascaína, que depositava muitas esperanças nele.
  • O jogo seguinte ocorreu em 25 de novembro, uma quinta-feira, contra o Inter, no Maracanã. No segundo tempo, quando o Vasco vencia por 1 a 0, Admildo Chirol tirou Gilson Nunes e colocou Roberto. Na primeira bola que recebeu Roberto driblou quatro jogadores jogando a bola no canto esquerdo, num belo gol, o seu primeiro no time profissional.
  • No dia seguinte, o Jornal dos Sports estampava em letras garrafais a manchete: "GAROTO DINAMITE-EXPLODIU!".
  • Era o adeus definitivo de Calu e o surgimento de Roberto Dinamite, que viria a ser considerado por muitos o maior ídolo da história do Vasco, imortalizando a camisa 10.

"Descanse em Paz"

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