terça-feira, 16 de outubro de 2018

LUTO: GIL GOMES

https://pt.wikipedia.org/wiki/Gil_Gomes (Wikipedia)


  • Cândido Gil Gomes Jr. (Sorocaba, 13 de junho de 1940 — São Paulo, 16 de outubro de 2018), mais conhecido como Gil Gomes, foi um jornalista e advogado bem como repórter policial do rádio e televisão brasileiro bastante popular graças a seus estilos personalíssimos de voz, de gestos e de se vestir.
  • Gil Gomes ficou afastado da televisão entre 2005 e 2016, quando estreou como apresentador no programa Bom dia! Boa noite! na TV Ultrafarma.
  • Paulistano nascido e criado na Mooca, Gil vendia balas e santinhos na porta de uma igreja, onde mais tarde foi aceito como congregado mariano.
  • Sofria de gagueira e para superá-la tentava imitar os locutores esportivos que ouvia pelo rádio. O método funcionou graças, segundo afirma, a sua força de vontade. Foi então convidado a ser locutor nas quermesses da igreja e descobriu que a comunicação era sua vocação. Abandonou assim a ideia de ser médico, como desejava seu pai.
  • Numa dessas quermesses recebeu aos 18 anos o convite para seu primeiro emprego na Rádio Progresso, como locutor esportivo. Na mesma função, passou por vários rádios paulistanas e do interior até chegar à Rádio Marconi. Quando a rádio parou de fazer coberturas esportivas, Gil passou a integrar o departamento de jornalismo da emissora cuja chefia assumiu no fim dos anos 60.
  • Na mesma rádio trabalhava Ana Vitória Vieira Monteiro (dramaturga, poetisa e escritora), com quem Gomes casou e teve três filhos, de um casamento que durou 14 anos, antes da separação: Guilherme Gil Gomes, Daniel e Vilma. Guilherme Gil Gomes o primeiro trabalhou com o pai até sua morte prematura, de hepatite C. O segundo filho o empreendedor de sucesso Daniel Gil Gomes ocupa o posto deixado vago pelo irmão, é casado e pai de três filhas. A terceira filha Vilma Gil Gomes é advogada, casada e mãe de um filho. Gil Gomes tem orgulho de ser amigo de sua ex-mulher, com a qual desenvolveram uma relação de respeito e amizade. Gil Gomes foi casado pela segunda vez com Eliana, com quem teve duas filhas: Flavia e Nataly.
  • Um incidente ocorrido em 1968 fez nascer casualmente o repórter policial Gil Gomes. Gil realizava entrevistas pelo telefone com políticos, quando tomou conhecimento que um caso de agressão sexual estava ocorrendo no edifício onde a rádio estava instalada. Num impulso, resolveu fazer a cobertura do caso ao vivo. Desceu as escadas do prédio com o microfone na mão, fazendo locução e entrevistando os envolvidos e as testemunhas.
  • A Rádio Marconi obteve uma audiência recorde com essa cobertura e Gil concluiu que um programa policial ao vivo era o caminho a seguir. Mas foi um caminho difícil, o regime militar não tolerava críticas ao trabalho da polícia. Para agravar a situação, a Rádio Marconi já era visada pelas autoridades por adotar, em seu noticiário, uma linha de oposição ao governo.
  • Várias vezes – mais de trinta, conforme afirma o próprio Gil –, Gil e sua equipe foram presos e a rádio retirada do ar. De todas as prisões, conseguiu se livrar sem maiores consequências por conta de sua amizade com policiais. Quando a programação da rádio começou a sofrer censura prévia, Gomes narrava no ar historinhas infantis e receitas culinárias em substituição ao noticiário censurado.
  • Mas não só as autoridades o hostilizavam. Ao colaborar, com sua equipe, na elucidação de crimes, passou também a sofrer ameaças de morte de bandidos.
  • Concorria com o primeiro repórter policial da rádio Bandeirantes, José Gil Avilé, o Beija-Flor. Gil veio a apresentar um programa também na Rádio Tupi.

R.I.P. 

Homenagem

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